A captação de mais recursos para as obras da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) de Itabirito (Região Central do Estado) é a principal preocupação apresentada em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizada na cidade no início da noite desta terça-feira (19/8/14).
A presidente da APAC de Itabirito, Maria Aparecida Ribeiro Hudson, disse que o Governo do Estado liberou R$ 1,9 milhão para a construção, mas são necessários mais R$ 1,1 milhão para finalizá-la. A obra, que fica no bairro Marzagão, deve ser concluída em 14 meses. No local, serão abrigados 84 recuperandos nos regimes fechado, semiaberto e aberto.
“O Tribunal de Justiça é parceiro da APAC e incentiva todos os juízes a conhecê-la e a trabalhar por esse projeto”, afirmou o juiz diretor do Foro da Comarca local, Antônio Francisco Gonçalves. Ele tem mostrado o projeto aos empresários locais, que se comprometeram a apoiá-lo – a construção da APAC conta com financiamento do Estado e da iniciativa privada. “O modelo pode recuperar o preso na nossa comunidade”, disse o juiz.
O diretor da Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados, Valdeci Antônio Ferreira, comemorou que, em breve, Itabirito terá uma APAC estruturada. Segundo ele, a comunidade percebeu que o preso é um problema social, resultado de uma família desestruturada, da ausência de segurança e de políticas públicas. Ele lembrou que nesses 30 anos em que é voluntário, o mais difícil é superar o “preconceito de que o preso precisa sofrer e morrer”. Em sua opinião, a APAC de Itabirito mostra que a comunidade deu um passo no sentido de romper essas ideias preconceituosas.
A reunião em Itabirito faz parte de uma série de visitas e audiências que a comissão tem promovido. Segundo o deputado Durval Ângelo, presidente da Comissão de Direitos Humanos, eles tem visitado as 36 APACs mineiras, “que funcionam sem polícia”. Também tem aproveitado para visitar cidades com APACs criadas e em processo de construção de seus Centros de Reintegração Social. O deputado afirmou que esses encontros são importantes para conhecer a realidade de cada cidade e tentar obter mais recursos para construção de novas APACs.
Fonte: www.almg.gov.br










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