Na quinta-feira, 14 de agosto, a comarca de Bicas, em Minas Gerais, sediou uma audiência pública histórica, que marcou o início das tratativas para a implantação de uma APAC feminina no município. O projeto visa atender não apenas o público feminino da comarca, mas também mulheres de comarcas vizinhas e do presídio de Juiz de Fora, que atualmente abriga mais de 300 detentas.

O evento contou com ampla participação da sociedade civil, incluindo vereadores, representantes do poder municipal, membros da diretoria do presídio local, empresários, líderes de igrejas, associações de clubes de serviço e representantes de deputados. A presença de autoridades judiciais também reforçou a relevância da iniciativa: Dr. Ricardo Domingos de Andrade, juiz da comarca de Bicas, Dr. Evaldo Gavazza, juiz de Execuções Criminais da Comarca de Juiz de Fora, além de Dra. Maria Cristina de Souza Carreiro, presidente do conselho da comunidade, e Camila Duarte Wenzel, coordenadora do conselho da comunidade.
Valdeci Ferreira, Diretor do CIEMA (Centro Internacional de Estudos do Método APAC), presente na audiência, destacou a força da sociedade civil no processo: “Eu voltei bastante entusiasmado, porque estamos cada vez mais convencidos de que não se cria a APAC por decreto, pelo desejo de qualquer autoridade. A APAC é o resultado da sociedade civil organizada, que toma consciência do problema prisional e aponta um caminho. Em Bicas, presenciei uma comunidade participativa e interessada em oferecer uma alternativa para resolver o problema prisional, especialmente no atendimento às mulheres em cumprimento de pena.”

A audiência representa um marco no fortalecimento do Modelo APAC em Minas Gerais, reforçando a importância do engajamento comunitário na promoção da ressocialização e da humanização do sistema prisional.











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